Windows 7 Novidades
Microsoft anuncia as novidades do Windows 7 um dia antes do lançamento
Qua, 21/10/2009 - 21:26 — emerson.rezende

Sistema operacional é um aprimoramento bastante bem-vindo do Vista – mas não passa disso
Por Henrique Cesar Ulbrich
Em um evento um dia antes do lançamento oficial, a Microsoft apresentou à imprensa os novos recursos, versões e preços do Windows 7. Alguns fabricantes presentes no evento mostraram suas máquinas com o novo sistema operacional, todas disponíveis a partir de amanhã.
Segundo a empresa, além do produto “caixinha”, disponível nas prateleiras para o usuário final a partir da meia-noite de hoje, o Windows 7 virá pré-instalado em 148 modelos de PCs produzidos por cerca de 20 fabricantes nacionais e estrangeiros – o número de fabricantes e modelos deve aumentar nos próximos dias. Seis desses fabricantes – Sony, HP, Positivo Informática, Megaware, Intelbrás e Itautec – demonstraram alguns de seus produtos.
O Windows 7 é esperado pelo mercado por um sem-número de razões. A maior delas é o relativo “fiasco” do Windows Vista que, apesar de ser um bom sistema operacional (com falhas, como qualquer outro), pecou pelo excesso. Aflita para lançar logo um sistema operacional que substituísse o Windows XP, a empresa “empurrou” o Vista para os fabricantes, que não tinham condição à época de oferecer um hardware à altura. Em seu lançamento, em 2007, muitas máquinas com Vista saíam de fábrica com processador Celeron e apenas 512 MB de RAM. O desempenho, claro, era pífio, e isso contribuiu para que a Microsoft tivesse que engolir à força uma sobrevida do Windows XP .
O mesmo não ocorre com o Windows 7: se em 2007, apenas 5% dos PCs vendidos atendiam às exigências do Vista, hoje 95% dos computadores disponíveis no mercado atendem e mesmo excedem os requisitos para a nova versão do sistema – os dados são da Microsoft, mas uma visita às lojas mostra que os números reais não estão muito longe disso. A grande disponibilidade de hardware robusto, aliado à maior eficiência do sistema, dá a impressão de que o desempenho é bastante melhor. Testes feitos pela Geek, ainda na versão Release Candidate, parecem demonstrar que o sistema está, realmente, mas leve.
A ambientação e “experiência” do usuário também foi melhorada. Como vários executivos da Microsoft deixaram claro, no desenvolvimento do Windows 7 muitas entrevistas foram feitas para tentar entender o que o usuário realmente quer. Com base nesses dados e no feedback gerado pelo longo, extensivo e bem organizado processo de testes beta (algo inédito até então, em se tratando de Microsoft), a empresa lapidou o sistema Windows Vista de forma a chegar ao que o Windows 7 é hoje. Vale lembrar que, segundo o próprio Steve Ballmer, CEO da Microsoft, o Windows 7 é um “Vista melhorado”.
Recursos
O Aero, “maquiagem” visual introduzida no Windows Vista, sofreu uma bela repaginada no Windows 7. O quão mais bonito está em relação ao Vista é questão puramente de gosto pessoal, mas as coisas estão realmente mais organizadas. Podemos citar, por exemplo, o Aero Peek, recurso que esconde todas as janelas quando o mouse passa por um sweet spot, por padrão no canto inferior direito da tela. Há que se mencionar ainda o Aero Shake, que esconde todas as janelas menos a que está sendo “chacoalhada”, e o Aero Snap, que facilita em muito a organização de janelas lado a lado na tela.
A barra de tarefas também sofreu um face lift. Agora, as tarefas são agrupadas por tipo (como, aliás, já eram em outros sistemas operacionais, como o Gnome e o KDE no Linux e o Mac OS X) e não há distinção entre ícones de atalho e ícones de janelas abertas – ficam todas agrupadas. A navegação entre as tarefas também ficou mais simples.
Por incrível que pareça, um dos grandes aprimoramentos do Windows 7 foi a supressão de alguns componentes, como a Galeria de Fotos e o Windows Mail. Os usuários do Vista que instalaram a versão “Live” desses componentes acabaram com programas em duplicata no micro, o que ocupa espaço e aumenta a confusão. No Windows 7, esses programas foram descontinuados, e o usuário pode optar pela suíte “Live” ou por programas alternativos, caso deseje. Além de acabar com a duplicidade, esses programas podem ser atualizados de forma mais ágil estando independentes do sistema operacional.
Há ainda melhorias e simplificação na conectividade com redes e internet, na leitura de dispositivos e periféricos externos (inclusive com maior suporte a dispositivos antigos, algo que era alvo de críticas no Vista) e uma razoável compatibilidade com software antigo. O gerenciamento de memória também foi bastante aprimorado, desonerando a RAM do usuário e permitindo que o Windows 7 abocanhe muito menos recursos do sistema do que seu antecessor.
Preços e atualização
A Microsoft anunciou ainda que abandonou o esquema de upgrade, em que usuários da versão anterior podiam comprar uma atualização com descontos em relação à versão completa. O Windows “full”, todavia, será vendido com os preços praticados pelas antigas versões de atualização (R$ 329 para a Home Basic, R$ 399 para a Home Premium, R$ 629 para a Professional, que substitui o Vista Business, e R$ 669 para a Ultimate). A versão Starter, para micros básicos, é fornecida apenas pré-instalada.
Embora o posicionamento da empresa seja o de que ninguém será prejudicado, pois os preços dos pacotes completos são mais baixos, alguns usuários podem se sentir um tanto traídos. Quem adquiriu um XP ou Vista “full” esperando atualizar para o Windows 7 com desconto vai pagar o mesmo preço de alguém que não teria direito a isso pelo processo antigo. Conversando com colegas de outros veículos, soubemos que há leitores – e jornalistas – insatisfeitos com essa política de preços. Entre os leitores da Geek encontramos opiniões semelhantes. Segundo a Microsoft, entretanto, os insatisfeitos são uma “minoria barulhenta” pois, segundo pesquisas feitas pela empresa, a maioria esmagadora dos usuários, mesmo podendo ter direito ao upgrade, preferiam a versão “full”.
Se depender do marketing da Microsoft (e, claro, dos méritos do sistema, alguns dos quais já parecem evidentes) o Windows 7 é mesmo muito melhor e mais simples de usar que seu “pai”, o Windows Vista – embora não seja exatamente um sistema revolucionário, nem quebre nenhum paradigma. Como em toda a história do Windows desde sua primeira versão, é óbvio que problemas aparecerão – resta saber se serão graves o suficiente para eclipsar a boa vontade dos jornalistas (e do público em geral) com relação a ele.
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